A anterior administração da SAD do FC Porto, liderada por Pinto da Costa, autorizou o pagamento de 30.750 euros a uma sociedade de advogados para a defesa de Fernando Saul, envolvido na Operação Pretoriano. Esta operação, que investiga suspeitas de corrupção no desporto, incluiu o nome de Saul, antigo responsável pela comunicação do FC Porto.
O valor, pago à sociedade de advogados Pereira de Abreu & Associados, foi liquidado a 24 de abril deste ano, apenas três dias antes das eleições para os órgãos sociais do clube. A fatura, emitida a 2 de abril, incluía 25 mil euros em honorários e 5.750 euros de IVA. A decisão de pagar esta quantia foi aprovada por Fernando Gomes, então administrador financeiro da SAD portista.
A Operação Pretoriano tem como um dos seus alvos Fernando Saul, que foi defendido por Cristiana Carvalho, advogada da referida sociedade de advogados. Esta notícia surge no contexto de uma investigação alargada às ligações entre responsáveis desportivos e possíveis esquemas de corrupção, que tem vindo a ganhar força nos últimos anos.
Este caso coloca mais pressão sobre a nova administração do FC Porto, agora liderada por André Villas-Boas, que venceu as eleições de abril e tem tentado reestruturar a gestão do clube, após anos de domínio de Pinto da Costa. A ligação entre antigos responsáveis do clube e casos judiciais será certamente um tema que continuará a marcar a atualidade azul e branca.
