Bruno Lage em lamentações (vídeo)
Bruno Lage voltou à Luz em regime de urgência, para curar o Benfica de problemas de futebol e resultados abaixo das expectativas, e rapidamente encontrou a forma de tratar a questão, com cinco vitórias em cinco jogos, que permitiram manter-se na carruagem da frente da Liga, atrás de FC Porto e Sporting, sem agravar o atraso de cinco pontos para o leão líder, e ao mesmo tempo entrar em grande na Liga dos Campeões, com duas vitórias que possibilitam olhar com legitimidade para o apuramento nesta fase de liga da prova milionária.
Bruno Lage instalou-se, instalou a sua equipa técnica, instalou as suas ideias nas cabeças dos jogadores e acalmou o presente do clube, mas sem tirar os olhos do futuro, pois fez contrato de dois anos com os encarnados e há muito mais a fazer a pensar nos passos seguintes.
Depois de duas temporadas e um bocadinho da terceira de Roger Schmidt as informações internas e externas sobre jogadores, assim como as chamadas equipas sombra, tinham, naturalmente, o conhecimento e a aprovação do treinador alemão e de quem o rodeava.
Potenciais contratações ou jogadores potencialmente capazes de subir da formação para o plantel principal não seriam escolha exclusiva do técnico germânico, pois as escolhas obedecem igualmente a fatores fundamentais e rigorosamente tratados pelas equipas que trabalham na retaguarda no centro de estágio do Seixal, mas haveria um cunho de Schmidt em cada uma dessas vertentes.
Bruno Lage estará, pois, a observar, a estudar e a analisar toda a matéria disponível e também aquela que viajou consigo, de maneira a cimentar informação e a lançar opções para o futuro, para os próximos passos, para o próximo Benfica.
Haverá trabalho de casa a ser feito na ótica dos jogadores da formação, pois Bruno Lage é um homem da formação, um treinador que fez o seu percurso no Seixal antes de chegar ao relvado da Luz e com o conhecimento adquirido lançar jogadores como Florentino, Ferro ou João Félix.
O valor disponível, as escolhas que podem ser trabalhadas para o curto/médio prazo, estarão a ser identificados, para uma primeira lista de alternativas, de jogadores para todas as posições.
O mesmo, naturalmente, num patamar ainda do leque nacional, mas ao nível da Liga. Identificar os jogadores mais importantes que estão no nosso campeonato e que em caso de oportunidade ou necessidade possam ser eleitos para contratação. Futebolistas para as várias posições de uma equipa e que estejam, naturalmente, em condições de poderem ser adquiridos. Extra grandes.
Por fim, o mercado internacional. Bruno Lage trabalhou em Inglaterra e Brasil depois de deixar o Benfica em 2020 e regressa com uma agenda mais recheada, mais rica, com melhor informação e escolhas. Naturalmente, haverá a necessidade de casar as vontades do treinador com as possibilidades do Benfica, mas colocar as cartas na mesa, definir perfis, criar um leque de opções para todas as posições será fundamental, tendo em conta o que a história dos encarnados tem ensinado a treinadores e a adeptos: a cada mercado sai alguém importante e alguém importante deve entrar imediatamente para o seu lugar.