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Sérgio Conceição emocionado fala da trajetória do filho na Juventus (vídeo)

Um novo Conceição brilha em Itália. Praticamente 20 anos depois de Sérgio ter atuado nos relvados da Serie A, representando a Lazio, Parma e Inter de Milão, o seu filho Francisco atua pela Juventus, estando ainda a ganhar espaço no plantel.

Depois de debelada uma lesão, tem partido do banco de suplentes e soma dois golos, um deles de belo efeito contra o Leipzig, na Liga dos Campeões. Num evento relativo ao prémio Golden Boy, realizado em Turim, Sérgio Conceição falou à Sky Sports italiana sobre o filho:

«Ele começou bem… Com sua forma de jogar, suas características, bom um-contra-um, técnica e velocidade, eu sabia que ele poderia dar-se bem em Itália. Agora, ele tem que acrescentar outras coisas. Tem de ser humilde, ouvir o treinador e os companheiros de equipa e ouvir-se a si mesmo para entender como melhorar. O caminho a seguir não é fácil, ele deve trabalhar e ser humilde, mas sabe o que fazer nesse sentido», garantiu o pai.

Questinado se irá ver o próximo Juventus-Lazio, devido à simbologia dos dois clubes, Sérgio disse: «Como adepto do futebol italiano assisto sempre a esses jogos. É bom ter o Francisco a enfrentar uma equipa com o qual ganhei muito e com quem marquei um golo histórico [em 1998]. Tenho pena que ele não esteja presente [devido a suspensão], mas vai ser um bom jogo», lembrou.

Sem grandes revelações sobre o seu futuro, estando livre no mercado, – «Participo neste evento e veremos amanhã», atirou -, Sérgio foi questionado sobre o que lhe dá mais prazer ao treinar jovens.

«Foram muitos os que me deram satisfação. Penso por exemplo no Luiz Díaz, ele chegou ao FC Porto vindo de Barranquilla e depois de dois anos connosco foi para o Liverpool… São muitos, cada um tem o seu caráter e as suas características. O clube também é importante para permitir que o treinador faça um bom trabalho nesse sentido», disse.

Mais tarde, já na mesa redonda do referido evento relacionado com o Golden Boy, Sérgio voltou a falar do filho. Admitindo que «para treinar um filho é preciso ser um pouco louco», Conceição recordou o impacto do empréstimo ao Ajax.

«Não jogou tanto mas compreendeu o que significa fazer sacrifícios. Já não estava com a mãe e os irmãos, compreendeu o essencial da vida, como viver sozinho e amadurecer. Regressou ao Porto, fez uma época extraordinária e agora chegou à Juventus», afirmou.

«Havia duas grandes equipas que o queriam, mas eu aconselhei-o a vir para a Juventus, em Itália, que é um dos maiores clubes do mundo. Eu sabia que, devido às suas caraterísticas, se ele assumisse o controlo da situação, faria a diferença, sem arranjar desculpas, porque Itália é ótimo e é um país maravilhoso. Precisávamos de humildade, de trabalhar mais para a equipa e de fazer outras coisas com ainda mais sacrifício. Se ele assumir o controlo da situação está no bom caminho, se pensar que os colegas não lhe passam a bola ou se procurar desculpas para o treinador ou para o ambiente, isso não o vai ajudar», finalizou.

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