Bruno Lage preocupado (vídeo)
Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Boavista, Bruno Lage chamou a atenção para a importância de Benfica manter uma dinâmica de vitórias na visita a um terreno que tem causado problemas nos últimos anos.
“Foi um bom momento, mas já está no passado. O foco estava já no Boavista no final do jogo. É uma equipa aguerrida, com muita velocidade e com grande espírito. Jogar no Bessa tem sido difícil para o Benfica. Não há mudanças de chip, só há um chip que é jogar com qualidade e conquistar os 3 pontos. Não há tempo para mudar chips da Champions para o campeonato”, afirmou.
Questionado sobre o impacto da Assembleia Geral Extraordinária na equipa, o técnico encarnado assegurou que a equipa está blindada.
“Sobre ontem, foi um momento à Benfica, mas o que me interessa neste momento é estarmos determinados para o que acontece dentro de campo. A minha missão é treinar e blindar a equipa do que acontece fora. Marcar golos, conquistar o maior número de pontos, é a nossa preocupação. Temos de jogar da forma que os nossos adeptos gostam”, referiu.
Lage falou também sobre a falta de tempo para trabalhar com a equipa, dado o calendário preenchido, e a falta de golos de Pavlidis. O avançado grego marcou apenas um golo em seis jogos.
“Não temos tido tempo para nada. Vou dizer o que foram as minhas últimas horas. Chegar na sexta, treinar, preparar o jogo, cheguei a casa às 22H, os meus filhos já estavam a dormir. No outro dia saí às 6h e cheguei às 20h. Vamos seguir para a concentração para seguir para estágio. A minha atenção tem sido para isto, olhar para o jogo, fazer análise dos aspetos que temos de melhorar, prolongar os nossos bons momentos no jogo e preparar a melhor estratégia. Pavlidis? Neste momento o que interessa é a equipa, não importa quem marca os golos. Se nós queremos que seja o nosso guarda-redes a iniciar o ataque pelos pés, que procure linhas passe. Há um conjunto que todos os jogadores têm de cumprir. O Pavlidis tem feito um trabalho muito importante para a equipa, não podemos individualizar“, disse.
O técnico encarnado foi ainda convidado a explicar o seu papel para unir a nação benfiquista, perante os acontecimentos que marcaram a AG encarnada. Para Lage só há uma forma: vencer.
“O meu papel neste momento é o de continuar a ganhar jogos e criar a dinâmica de vitória, o que queremos é juntar uma nova vitória e fazer a equipa crescer. Que os nossos bons momentos se prolonguem mais no tempo e só assim se conquista mais os adeptos. Não é por eu correr para os adeptos, é a jogar bom futebol, ofensivo, atrativo, criando várias oportunidades. Esse tem de ser o papel do treinador e dos jogadores. Isso é o mais importante. Os adeptos foram importantes no estádio da Luz e os que nos seguiram na Champions. Os adeptos do Norte agora também vão ser importantes. Quando a onda começa empurra a equipa para a vitória. Sei disso porque vivi e joguei com estádios vazios, é uma diferença enorme”, considerou.
Sobre o estado de Bah, que se lesionou no jogo com o Estrela Vermelha, Lage revela espera ter o dinamarquês recuperado o quanto antes. Quanto ao substituto para o jogo no Bessa, o treinador não revelou se alinhará com Kaboré, Aursnes ou Tomás Araújo.
“Ainda temos até à hora do estágio para tomar uma decisão. Vou ajustar a minha resposta da última conferência: foi por ali porque o adversário podia atacar por ali. Os vários planos também são em função das substituições. Na limitação das substituições dentro do campo ajustámos e não deixámos o adversário criar muitas oportunidades. As expectativas de Bah recuperar são muito grandes. As alternativas de que falou podem jogar a lateral-direito“, disse.
Por último, questionado sobre se Zeki Amdouni merece um lugar no onze. Lage respondeu:
“Sim, toda a gente está a merecer um lugar no onze. Falei com os atletas sobre uma coisa que disse na conferência após o jogo com a Champions. Não há jogadores do mister Roger Schmidt e jogadores do mister Bruno Lage. O Amdouni no final do jogo podia dar-nos profundidade. Vamos conhecendo os jogadores. A cada momento os jogadores podem ajudar em função da equipa. Os adversários durante o jogo têm várias estratégias. Em função disso temos de ver que jogadores lançar ou não”, concluiu.