João Pinheiro dirigiu o Boavista-Benfica, no Estádio do Bessa, jogo que encerrou a jornada 6 da Liga Portugal. Pinheiro é um excelente árbitro (atualmente o mais cotado do quadro) e já deu disso provas mais do que suficientes, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Não realizou um trabalho isento de erros, sendo de destacar uma avaliação incorreta na área do Boavista em lance que ocorreu já na etapa complementar.
11′ A equipa visitante inaugurou o marcador por intermédio de Pavlidis, após assistência da esquerda de Akturkoglu. Lance legal.
16′ Tomás Araújo, em posição irregular, serviu Pavlidis para remate ao poste direito da baliza adversária. Esteve bem o árbitro assistente ao assinalar, no momento certo, o adiamento inicial do jogador encarnado.
25′ Pavlidis foi bem sancionado por fora de jogo à esquerda do ataque encarnado. Quatro minutos depois, o avançado grego foi novamente (bem) penalizado por idêntica irregularidade. Mérito para a concentração do mesmo árbitro assistente.
31′ Golo legal de Kokçu, a aumentar a vantagem do Benfica no Estádio do Bessa.
36′ Tomás Araújo derrubou Vukotic, cortando saída em velocidade do seu adversário (para o último terço do terreno). João Pinheiro entendeu que não houve motivo para advertência, mas na nossa opinião houve. O amarelo devia ter sido exibido ao infrator.
37′ Salvador Agra caiu na área encarnada sem sofrer carga irregular de Tomás Araújo. O contacto com a mão esquerda (nas costas do boavisteiro) existiu mas foi ligeiro, não havendo movimento mecânico/basculante de empurrão. Esteve bem João Pinheiro ao nada assinalar.
48′ Pavlidis foi mesmo derrubado na área adversária pelo joelho esquerdo de Tomé Sousa. A questão é que antes Tomás Araújo tinha bloqueado/obstruído claramente a progressão de Pedro Gomes para zona relevante da ação. Sancionar a infração atacante foi decisão correta da equipa de arbitragem.
64′ Pedro Gomes atingiu, com a mão aberta, o rosto de Akturkoglu, na sequência de disputa entre ambos. Ficámos com a sensação clara que o gesto do defesa axadrezado foi evitável, até porque efetuado quando a bola (disputada no solo) já não estava presente. Em campo o contacto era muito difícil de vislumbrar, mas vendo as imagens somos da opinião que a infração antidesportiva devia ter valido cartão amarelo.
68′ Bozenik rematou com violência contra o peito (e não braço) de António Silva. Não houve infração do central encarnado na sua área. Pontapé de canto bem assinalado.
70′ Entrada muito dura, por trás, de Ibrahima Camará sobre Kokçu. O médio guineense atingiu o adversário com a sola da bota, de forma francamente negligente. O árbitro bracarense exibiu-lhe (bem) o respetivo cartão amarelo.
72′ Na nossa opinião, a equipa de arbitragem equivocou-se: Di María (que partiu de posição legal) ganhou a frente e tocou na bola com o pé esquerdo, quando foi “atropelado” pela perna direita de Bruno (contacto na esquerda do adversário). Independentemente de ter acontecido aquilo que o jogador argentino queria que acontecesse, a infração existiu mesmo e devia ter sido sancionada com pontapé de penálti favorável à equipa forasteira.
78′ Pedro Gomes pisou o pé de Pavlidis após tentativa negligente de disputar a bola com aquele. Viu com justiça o cartão amarelo.
90+1′ Golo legal do Benfica, a fechar o marcador no Bessa. Arthur Cabral ganhou a bola a Bruno com contacto mas sem qualquer infração. O recém entrado avançado brasileiro foi mais forte fisicamente.
